psicanálise lacaniana
A psicanálise tem como premissa básica a associação livre - o convite é que o sujeito possa falar o que lhe vier a cabeça, a partir da relação que vai estabelecendo com o analista. É um trabalho em conjunto. Nesse trabalho, há relevância na subjetividade, ou seja, o que importa são as percepções do sujeito frente sua história. Ao falar, pode formular e reformular sua narrativa, viabilizando outras interpretações e pontuações em seu próprio discurso. Com isso, a ideia é que o sujeito consiga falar de um lugar diferente daquele que foi falado sobre ele até então.
Mundialmente conhecida por investigar os mistérios do Inconsciente, a psicanálise tem seu saber ramificado em diversas linhas de pensamento. Para Lacan, o inconsciente é estruturado como linguagem, diferentemente da metapsicologia de Freud - em que a psique seria organizada entre id-ego-superego e o inconsciente algo passível de ser acessado.
A psicanálise lacaniana entende que o inconsciente está aí, entregue, nas palavras. Cabe ao analista poder manejar e apontar ao analisando, a partir de um estudo que abrange a topologia, a matemática, o estruturalismo, a linguística, a filosofia, entre tantas outras áreas de saber que a atravessam e são imprescindíveis. Com esses apontamentos, o paciente pode perceber seus desejos, anseios e angústias por perspectivas diferentes das inferidas até então.